Conheça Camila Albuquerque, a mulher que comanda os marmanjos dentro das grades do MMA

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Texto – Junior Samurai

Considerada a revelação da arbitragem de MMA no estado do Ceará, além de ser respeitada por promotores e atletas, Camila Albuquerque vem conquistando seu espaço nos cages. O MEIAGUARDA bateu um papo com a mulher que comanda os marmanjos dentro das grades.

Se apresente para quem não te conhece.

Meu nome é Camila Albuquerque, tenho 28 anos, sou veterinária, instrutora e árbitra de Sanda, árbitra de MMA e uma apaixonada por artes marciais.

Como você começou a se interessar pela arbitragem?

Comecei competindo nos campeonatos de Sanda no começo de 2006. Em 2007 tive uma lesão no joelho que me afastou das competições por um tempo. Para não ficar longe dos campeonatos nesse mesmo ano fiz o curso de arbitragem em Sanda, foi quando me fascinei por esse mundo da arbitragem. No começo de 2012 tive a oportunidade de fazer o curso de arbitragem de MMA do Mario Yamasaki em Manaus, onde dos 50 inscritos apenas 4 passaram, sendo 2 cearenses, eu e meu professor Fernando Moura.

Você pratica algum estilo de luta?

Sim, pratico Sanda – Boxe Chinês, uma arte marcial que abrange socos, chutes e queda há 7 anos.

Você já sofreu algum tipo de preconceito na arbitragem?

Não sei bem se preconceito ou mesmo uma falta de costume das pessoas em ver uma mulher nesse meio dominado pelos homens, mas acontece muito de me chamarem de ring girl, além dos olhares de reprovação que percebo algumas vezes quando chego ao local do evento e me apresento como árbitra. Isso me incomodava muito no início, mas daí percebi que é uma primeira reação natural das pessoas que acabam mudando de atitude com o tempo.

Qual foi o momento mais emocionante que você passou dentro do octagon?

Sem dúvida quando arbitrei minha primeira luta. Foi uma mistura de ansiedade e concentração, a adrenalina a mil, uma experiência muito boa.

Qual a dificuldade para um crescimento maior do MMA no Ceará?

Acredito que falta mais comprometimento por parte dos atletas e professores, no sentido de terem mais profissionalismo e organização ao montarem ou participarem de um evento. Conseguir patrocínio para os eventos também é algo meio complicado por aqui.

Quais os principais pontos que você acha, que precisam evoluir por aqui?

Com o MMA virando moda da forma como está acontecendo aumentaram o número de eventos em todo Brasil, principalmente aqui no Ceará. Dessa forma eu acredito que seria interessante que houvesse uma padronização desses eventos, tanto em estrutura, organização e arbitragem. Teríamos muito a ganhar com isso.

O espaço é seu agradeça quem você quiser

Gostaria de agradecer principalmente ao meu professor Fernando Moura, o responsável por tudo que está acontecendo hoje, meu maior incentivador.

Também aos colegas da equipe de arbitragem FMV8 pelo apoio e dedicação nos trabalhos em grupo.

À CBKW (Confederação Brasileira de Kungfu Wushu) nas pessoas do presidente Marcus Vinicius e do diretor técnico de Sanda João Guedes pela confiança e oportunidade que sempre me foi oferecida.

Por fim, a equipe do site meiaguarda pela oportunidade de mostrar um pouco meu trabalho e parabenizar pelo apoio que vocês sempre dão aos atletas do Ceará.

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