Mulheres no comando! Julia Joyce e Camila Sousa as árbitras do Jiu-Jitsu cearense

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Texto – Junior Samurai
Fotos – Thiago Melo e Liliane Trindade

A data de 8 de março é o Dia Internacional da Mulher, o que não significa que somente neste dia elas devem ser lembradas. A luta dessas guerreiras por direitos e pelo combate a violência contra a mulher é uma batalha constante. No cenário esportivo, a arbitragem feminina brasileira tem conquistado cada vez mais seu lugar. A função que antes era considerada totalmente masculina de uns tempos para cá vem abrindo espaço para ter mulheres também exercendo esta missão. Hoje em dia elas mostram que capacidade técnica, conhecimento do esporte e controle da situação, independem de gênero.

No Jiu-Jitsu não é diferente, e atualmente temos várias mulheres competentíssimas arbitrando campeonatos da arte suave, e no Ceará, o Ranking MEIAGUARDA está colocando essas guerreiras no cenário. Nas competições realizadas pelo índice mais famoso do Nordeste, o quadro fixo de arbitragem já conta com duas mulheres, as faixas-pretas Julia Joyce e Camila Sousa. “Elas estão estudando, se dedicando e se qualificando. Já passaram pelo estágio e estão integrando o quadro fixo das competições do Ranking Meiaguarda/FCE. Estão num processo muito bom, elas gostam de arbitrar e isso é muito importante. Experiência se ganha com o tempo”, analisou Fabio Jefferson, diretor de arbitragem das competições.

As lutadoras que participaram do Curso Oficial da FCE obtiveram excelentes notas nas provas, alcançando a oportunidade de estagiar nos torneios. “Eu queria aprender um pouco mais sobre o Jiu-Jitsu e ver como era estar do outro lado. Foi uma sensação incrível um misto de nervoso com medo, mas depois que você começa a arbitrar é uma coisa incrível, o quanto você vê o Jiu-Jitsu com outros olhos e aprende”, disse Julia Joyce.

“Sempre tive interesse em fazer o curso, e também queria aprender mais sobre as regras. Além disso, inspirar outras mulheres e mostrar que somos capazes, do mesmo jeito que me ocorreu vendo outras mulheres arbitrando em outros eventos fora daqui”, falou Camila.

É fato que em qualquer espaço da prática esportiva, a mulher se faz presente e sempre em destaque. Sendo assim, elas já estão abrindo portas para outras mulheres na arbitragem. Vide que a FCE já prepara um curso de regras para o mês de julho.

“Eu particularmente não recebi nenhuma crítica ninguém chegou e falou nada a mim, mas foi perceptível a desconfiança de algumas pessoas. Fora isso tá tudo certo, por que é uma coisa que você começo a gostar de fazer e quero árbitrar mais e mais”, concluiu Julia.

“Eu gostei, foi uma experiência muito boa. Percebi que a pressão e as cobranças são maiores. Recebi alguns elogios, tanto de atletas femininas como de masculinos, que me motivaram. Conto também com o apoio do meu marido e professor”, acrescentou Camila.

Portanto, agradecemos a essas guerreiras pela vontade de estar neste meio e esperamos que elas inspirem cada vez mais as mulheres jiujiteiras, que praticam, se dedicam e que não desistem, a se engajar neste mundo que é o Jiu-Jitsu. Parabéns as faixas-pretas. Oss!

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