De gangs de rua ao tatame, conheça a trajetória de Ricardo Rondinelli: “Se não é pra vida, não é Jiu-Jitsu”

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Texto – Junior Samurai

Do que mais você se orgulha quando pensa na sua jornada no Jiu-Jitsu? O faixa-preta Ricardo Rondinelli, líder da Phoenix BJJ Team recordou sua caminhada que o levaram a ser um professor respeitado e que aprendeu a valorizar as amizades com a arte suave.

Confira abaixo:

MEIAGUARDA: Como você começou no Jiu-Jitsu?

RICARDO RONDINELLI: Eu treinava capoeira e era muito desengonçado e um amigo queria me levar pra treinar muay Thai (Cristian Pinheiro colega de faculdade ) mas eu não fui. Porém, gostei de ver os treinos de jiu-jitsu no shopping casa rosada. Fui alguns meses e parei, treinando com o grande mestre Ricardo Holanda. Depois um amigo chamado Alex (hoje faixa-marrom que treina aqui comigo) veio dar aula aqui em casa, pra mim e pro Ednardo, Comprei umas borrachas finas e a gente se matava aqui. Aí sim, tive uma constância de treinos.

Qual foi o seu primeiro aprendizado com o Jiu-Jitsu?

A primeira lição foi o laço de amizade que o esporte cria. Até hoje treino com o Ednardo e o Alex, já se vão quase 20 anos de jiu-jitsu.

O que o Jiu-Jitsu mudou na sua vida?

Jiu-jitsu mudou tudo em mim, físico mental e psicólogo. Eu era muito rebelde e revoltado, um rebelde sem causa, fui de gangs para extravasar a minha fúria, sem um motivo válido… Não tinha motivo algum pra tanta rebeldia, porém eu era de mais

Como foram seus primeiros anos competindo no Jiu-Jitsu?

Não tenho lembranças do primeiro campeonato, mais lembro de um Norte/Nordeste de faixa-branca, onde fui prejudicado na final. Nunca esqueço, ganhei mais não levei… Na época treinava com o Pepey e ficou gravado na minha memória a luta quase toda e os momentos finais que derrubei e depois fui raspado pra fora do tatame, nunca esqueço esse campeonato por que na minha categoria perdi fácil e queria ganhar o absoluto pra provar que eu estava bem… Nesse campeonato trocaram meu nome habitual demorou pra eu saber que o Ricardo Alves que chamaram era eu.

E depois, você seguiu interessado nas competições ou mudou o foco?

Na verdade nunca pensei em sucesso, fama, dinheiro com o jiu-jitsu depois que comecei a dar aulas e me formei em educação física minha visão era de melhoramento técnico e físico para meus alunos, pois via muito potencial em alguns e também ser uma referência para eles, já que na comunidade que eu moro muitos morreram por caminhos errados.

A transição de atleta para professor nem sempre é fácil. Como foi essa mudança?

Complicado pra caramba, na verdade foi natural isso pois não percebi esse lapso. Eu competia e era professor, depois o estudo trabalho me barrou de competir.

Você é um professor de sucesso. Como você moldou o seu ensino?

(Risos) sucesso…cara depende o que você vê como sucesso… Desde de 2003 dou aulas, estudo muito nosso esporte e a atividade física em si e tenho alunos fiéis que honram o que aprenderam e tem gratidão pelo que foi ensinado e feito… E tem outros que seguiram seu caminho, o que busco e mostrar um caminho, uma possibilidade de melhoria para quem não via caminhos na sociedade… Tem uma frase minha que relato bem o que penso sobre jiu-jitsu…”Se não é pra vida não é jiu-jitsu” Quando consigo que meus alunos sigam isso pra mim é sucesso.

Além do professor, a academia também desempenha um grande papel no formação do aluno. Qual é o legado que quer deixar para seus alunos?

Queria deixar essa frase como legado que o jiu-jitsu fosse realmente pra vida. Que o que eu ensino seja usado no dia a dia dos meus alunos e que todos consigam conquistas na vida como no JIU-JITSU… Se não é pra vida, não é JIU-JITSU.

Como professor, qual é a lição mais importante que deve ser passada ao praticante?

Eu aprendi que ninguém é invencível, ninguém é infalível, ninguém sabe de tudo, porém não é por isso que não posso tentar ser… Erro pra tentar acertar… Perco pra tentar vencer… Falho pra tentar fazer correto.

A vida é assim não podemos desistir de ser melhor que nós mesmo.

Várias lições aprendi aqui e ensino todos os dias e aprendo também… Treinar, respeitar.

O espaço é seu agradeça quem você quiser  

Agradeço a Deus, meus pais, meus professores principalmente aos mestres Luiz Barbosa e o Ricardo Holanda, ao Alex (Alexsandro) do Ednardo Jácome, Alisson e Ranvaly Guerra, Pepey e Cláudio Godofredo, Jeferson Teixeira, Wilson Câmara Filho e aos meus alunos que me motivam a permanecer mesmo com tantas coisas pra fazer

Abraço ao Junior Samurai por incentivar o jiu-jitsu no estado.

Phoenix BJJ
Endereço – Rua Conego Pinto Mendonça 129 Parque Araxá
Contato – 85 8786-6565

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